Tratamentos na Paralisia Cerebral
Paralisia Cerebral
O tratamento para crianças com paralisia cerebral (PC) envolve tanto o tratamento da deficiência motora quanto de outras condições clínicas que poderão estar associadas. Os profissionais envolvidos neste processo são bastante varidados e o tipo de tratamento será diferente para cada criança, a depender do quadro clínico que esta apresenta.
O tratamento médico é realizado para o controle de diversas condições clínicas associadas à PC. A administração de fármacos é utilizada para o controle de espasticidade, crises convulsivas, refluxo gastroesofágico, da hipersalivação ou sialorréia, dentre outros. Cirurgias ortopédicas também podem ser necessárias em alguns casos. O alongamento cirúrgico de tecidos moles, como alongamento muscular e liberação de tendão são opções em casos de contraturas musculares. Cirurgias neurológicas, como a rizotomia dorsal seletiva para a secção das raízes dorsais da medula espinhal, também são uma opção de tratamento para algumas crianças com espasticidade.
A estimulação do desenvolvimento conta com uma equipe de terapeutas, que trabalha em parceria com os neurologistas, neurocirurgiões e cirurgiões ortopédicos, composta geralmente por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo, enfermeiro, dentre outros, que acompanham o desenvolvimento da criança e propõem, em parceria com as famílias, as estratégias de estimulação, específicas para cada caso.
O ideal é que as intervenções aconteçam o mais precocemente possível. A estimulação precoce consite em um programa de acompanhamento e de intervenção clínico-terapêutica de bebês de alto risco e de crianças pequenas acometidas por diversas condições clínicas, dentre elas a PC. Ela busca estimular o melhor desenvolvimento possível e reduzir as sequelas no desenvolvimento neurológico, no que compete às funções sensoriais, motoras, de linguagem, fala e socialização.
A identificação das condições clínicas associadas à PC serão importantes para o direcionamento do tratamento. Alterações dos sistemas sensoriais merecem uma atenção adequada. Alterações visuais, auditivas, táteis e proprioceptivas devem ser tratadas juntamente com as alterações motoras e, muitas vezes a criança estará sendo acompanhada por mais de um profissional da equipe de reabilitação.
Estimulação Precoce
Acompanhamento ao longo da vida
A criança passará por diversas fases de desenvolvimento e o tratameneto deverá, portanto, ir se adequando às necessidades de cada uma destas fases. Ressalta-se, porém, que todo o acompanhamento profissional deverá ser planejado para que a criança alcance o máximo de independência funcional, considerando suas características individuais e familiares.
Os objetivos terapêuticos deverão centrar-se em metas funcionais identificadas como relevantes, tanto pela pessoa com PC quanto pela família, e deve considerar os diferentes contextos de vida da criança que incluem escola, ambiente domiliciliar, esportes, lazer, dentre outros.
Referências:
Brasil, 2014. Diretrizes de Atenção à pessoa com Paralisia Cerebral. Ministério da Saúde.